O shenu, envoltório da proteção eterna

A enorme quantidade de shenus ostentada neste templo erguido pela rainha-faraó Hatshepsut, que teria seus cartuchos e seu rosto apagados dos monumentos e registros por seu sucessor, Tutmés III, parece ser uma tentativa de proteção e um bom reflexo das tensões entre a faraó e seu sucessor.

A enorme quantidade de shenus ostentada neste templo erguido pela rainha-faraó Hatshepsut, que teria seus cartuchos e seu rosto apagados dos monumentos e registros por seu sucessor, Tutmés III, parece ser uma tentativa de proteção e um reflexo das tensões entre a faraó e seu sucessor.

O shenu, ou “anel shen” [em inglês, shen ring], é um círculo com uma linha tangente a ele, representado nos hieróglifos como uma corda com um laço estilizado. Shen significa, em egípcio antigo, “cercar”, “rodear”, “envolver”, de modo que o shenu representa proteção eterna.  Quando esticado para conter outros objetos, entendia-se que estes estavam eternamente protegidos. Quando contém o nome do faraó o símbolo, é o “cartucho” (no sentido de “invólucro”, “envoltório”) que mantém fechado e protegido o nome real.

Costuma aparecer ligado a vários tipos de cetros, símbolos de autoridade ou poder, representando a eternidade desse poder; com frequência aparece também nas garras do falcão (Hórus) ou do abutre (Mut), que, estendem suas asas sobre a cena apresentada.

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